terça-feira, 19 de julho de 2011

ruas e avenidas


os meus passos agora dados por caminhos nunca antes vistos, são largos e apressados. sedentos de conhecer um novo caminho, uma nova paisagem. da janela sempre vejo, seja ela qual for, ou de casa, ou do ônibus, ou dos trilhos de metrô... a cada instante um novo instante de tudo aquilo que restou. é um recomeço. sempre o é. quem não aceita uma nova curva, não sabe realmente quem é.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

despedida


em horas como essa em que todo e qualquer tipo de pensamento assolam a minha mente, eu fico imaginando, e sentindo claro, como é complicado dizer adeus. deixar pra trás tudo aquilo que já foi você um dia é no mínimo doloroso. arriscar-se na ponta do precipício pode ser perigoso para quem ainda tem as asas machucadas do último vôo. mas quem sabe a dor e a delícia de ser feliz é aquele que realmente se arrisca, se joga, chega a beira do precipício e se faz cair suavemente como quem aproveita aquele momento e sabe que lá embaixo além do chão existe um lago profundo no qual você afundará e imediatamente perderá todo o medo de vir a ser o que você ainda não sabe o quê. é preciso ser forte, canalizar os pensamentos pra não deixar que o teu passado atrase teu presente e danifique teu futuro. o adeus dói, machuca, a ti e aos outros. mas se não fosse ele, quando você diria um outro olá?