terça-feira, 8 de maio de 2012

sob o céu de saigon

o concreto, a poeira, o barulho, o cinza das janelas, os horizontes cobertos e descobertos a cada dia... a cada volta. sob o céu de saigon se vive a dor e a delícia de estar vivo. por estar vivo, entenda estar vivo como estar exposto a todo e qualquer tipo de ventura que um ser vivo é capaz de enfrentar. há dias em que o sol brilha forte, mas há aqueles em que a chuva não cessa nem mesmo do lado de dentro. a sensação é de redescoberta a cada segundo, o que fazia sentido antes, agora pode fazer sentido nenhum. voltas e mais voltas se fazem no caminho que se escolheu trilhar. mesmo parecendo um retrocesso a vida nunca anda para trás. não dá pra voltar aonde estivemos, assim como não adianta acelerar a parte mais chata de viver. a cada céu se faz um novo dia, escurece e amanhece, e o tempo vai se fazendo presente sem você nem sentir que ele passou como um vento que leva as folhas secas do chão. a cada passo, um respirar. a cada fôlego, um recomeçar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

galáxia


promessas pessoais sempre são o primeiro passo. se quer começar algo, pode de cara fazer-se uma promessa. algo como acreditar mais na sua intuição, mas não cair em seu viés temperamental, inconstante e assustador... saber que a cada dia, por menos que pareça, você está aprendendo alguma coisa que pode ser a chave para tudo aquilo que você sempre quis saber. ter instinto significa reconhecê-los como instintos e, portanto, atenção: muitas vezes eles te traem. nenhum segundo é igual ao anterior, nem mesmo o antigo é o mesmo que o novo amor. nada é o mesmo duas vezes na vida. somos ciclos, cíclicos, circos diários que nos ensinam a rir, a chorar e a temer a queda do trapezista. todo dia tem espetáculo. todo dia, tem um espetáculo....o palco é o mesmo, o que muda é o coração do palhaço.