terça-feira, 8 de maio de 2012

sob o céu de saigon

o concreto, a poeira, o barulho, o cinza das janelas, os horizontes cobertos e descobertos a cada dia... a cada volta. sob o céu de saigon se vive a dor e a delícia de estar vivo. por estar vivo, entenda estar vivo como estar exposto a todo e qualquer tipo de ventura que um ser vivo é capaz de enfrentar. há dias em que o sol brilha forte, mas há aqueles em que a chuva não cessa nem mesmo do lado de dentro. a sensação é de redescoberta a cada segundo, o que fazia sentido antes, agora pode fazer sentido nenhum. voltas e mais voltas se fazem no caminho que se escolheu trilhar. mesmo parecendo um retrocesso a vida nunca anda para trás. não dá pra voltar aonde estivemos, assim como não adianta acelerar a parte mais chata de viver. a cada céu se faz um novo dia, escurece e amanhece, e o tempo vai se fazendo presente sem você nem sentir que ele passou como um vento que leva as folhas secas do chão. a cada passo, um respirar. a cada fôlego, um recomeçar.

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