terça-feira, 17 de junho de 2014

cataclisma

dentro de nós há um mundo que nem nós mesmo conhecemos. brincamos de deus a little while. de vez em quando nos pegamos percebendo tamanho feito e isso é estranho... perceber que você é o dono do seu próprio mundo de vontades é muito devastador, a explosão nunca se torna tão iminente. tudo pelos ares é o frame de um filme que você assiste em slow motion. não dá pra pausar, e nem adianta apertar o fast foward. só sei que sinto um mundo inteiro ao redor coexistindo por poucos segundos que a vontade é sim olhar pro meu próprio umbigo e gritar: take it easy, man. vem tudo de dentro. mais cedo ou mais tarde, vem tudo de dentro.

terça-feira, 27 de maio de 2014

abismo

no limite da certeza com a dúvida mora um sentimento chamado medo. ele brota devagar e sorrateiramente, você não percebe, mas te percorre como o sangue, cada vaso é preenchido com medo correndo nas veias e artérias, levando uma sensação dormente por todo o corpo, da ponta dos dedos até o último fio de cabelo. controla teus passos e pensamentos, desejos e anseios, quereres e não-quereres viram nada perante ao medo. ele a tudo assusta, de tudo se isola e tudo consegue tomar.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

algo sobre nós


é engraçado quando a gente acha que tem o controle da vida... abrimos a porta de casa achando que sabemos de todas as verdades, que já tanta coisa rolou que não ficaremos surpresos com absolutamente mais nada que venha a acontecer. descrença e desdém, como se viver já passou a ser uma fórmula matemática obsoleta e absoluta, única e sem versão alternativa.

nesses momentos que a gente menos espera é que acabamos por ter a maior descoberta, aquela que existia na cabeça desde sempre e os olhos internos apenas não haviam decifrado, entendido, absorvido e, muito menos, posto em prática.

amor próprio, amor bandido, inocente, antigo, maduro ou infantil. amor doce, amor aprendizado, amor companheiro. amor carente, decente, diferente... amor pelo mesmo e pelo diferente. amor pelo bom e/ou pelo ruim do outro, do que atrai e repudia, aumenta o que te faz crescer e diminui o que te faz menor. amor com vontade de fazer junto e mais feliz, de ser dois querendo ser um novo um. amor transformador.

não quero mais do que você possa me dar.
nem dou mais do que o que eu posso aguentar.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

skyrise

there's always a sky above
there's always those colors
what you really look for
what you really need to.

fireworks or big ballons...
both make you fly. up and high.

terça-feira, 8 de maio de 2012

sob o céu de saigon

o concreto, a poeira, o barulho, o cinza das janelas, os horizontes cobertos e descobertos a cada dia... a cada volta. sob o céu de saigon se vive a dor e a delícia de estar vivo. por estar vivo, entenda estar vivo como estar exposto a todo e qualquer tipo de ventura que um ser vivo é capaz de enfrentar. há dias em que o sol brilha forte, mas há aqueles em que a chuva não cessa nem mesmo do lado de dentro. a sensação é de redescoberta a cada segundo, o que fazia sentido antes, agora pode fazer sentido nenhum. voltas e mais voltas se fazem no caminho que se escolheu trilhar. mesmo parecendo um retrocesso a vida nunca anda para trás. não dá pra voltar aonde estivemos, assim como não adianta acelerar a parte mais chata de viver. a cada céu se faz um novo dia, escurece e amanhece, e o tempo vai se fazendo presente sem você nem sentir que ele passou como um vento que leva as folhas secas do chão. a cada passo, um respirar. a cada fôlego, um recomeçar.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

galáxia


promessas pessoais sempre são o primeiro passo. se quer começar algo, pode de cara fazer-se uma promessa. algo como acreditar mais na sua intuição, mas não cair em seu viés temperamental, inconstante e assustador... saber que a cada dia, por menos que pareça, você está aprendendo alguma coisa que pode ser a chave para tudo aquilo que você sempre quis saber. ter instinto significa reconhecê-los como instintos e, portanto, atenção: muitas vezes eles te traem. nenhum segundo é igual ao anterior, nem mesmo o antigo é o mesmo que o novo amor. nada é o mesmo duas vezes na vida. somos ciclos, cíclicos, circos diários que nos ensinam a rir, a chorar e a temer a queda do trapezista. todo dia tem espetáculo. todo dia, tem um espetáculo....o palco é o mesmo, o que muda é o coração do palhaço.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ruas e avenidas


os meus passos agora dados por caminhos nunca antes vistos, são largos e apressados. sedentos de conhecer um novo caminho, uma nova paisagem. da janela sempre vejo, seja ela qual for, ou de casa, ou do ônibus, ou dos trilhos de metrô... a cada instante um novo instante de tudo aquilo que restou. é um recomeço. sempre o é. quem não aceita uma nova curva, não sabe realmente quem é.