terça-feira, 27 de maio de 2014

abismo

no limite da certeza com a dúvida mora um sentimento chamado medo. ele brota devagar e sorrateiramente, você não percebe, mas te percorre como o sangue, cada vaso é preenchido com medo correndo nas veias e artérias, levando uma sensação dormente por todo o corpo, da ponta dos dedos até o último fio de cabelo. controla teus passos e pensamentos, desejos e anseios, quereres e não-quereres viram nada perante ao medo. ele a tudo assusta, de tudo se isola e tudo consegue tomar.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

algo sobre nós


é engraçado quando a gente acha que tem o controle da vida... abrimos a porta de casa achando que sabemos de todas as verdades, que já tanta coisa rolou que não ficaremos surpresos com absolutamente mais nada que venha a acontecer. descrença e desdém, como se viver já passou a ser uma fórmula matemática obsoleta e absoluta, única e sem versão alternativa.

nesses momentos que a gente menos espera é que acabamos por ter a maior descoberta, aquela que existia na cabeça desde sempre e os olhos internos apenas não haviam decifrado, entendido, absorvido e, muito menos, posto em prática.

amor próprio, amor bandido, inocente, antigo, maduro ou infantil. amor doce, amor aprendizado, amor companheiro. amor carente, decente, diferente... amor pelo mesmo e pelo diferente. amor pelo bom e/ou pelo ruim do outro, do que atrai e repudia, aumenta o que te faz crescer e diminui o que te faz menor. amor com vontade de fazer junto e mais feliz, de ser dois querendo ser um novo um. amor transformador.

não quero mais do que você possa me dar.
nem dou mais do que o que eu posso aguentar.