segunda-feira, 13 de julho de 2009

um tiro no escuro


por um instante eu tive medo. depois de um dia decisivo eu tive medo. durante todo ele, as horas me passavam apenas ásperas, sem me provocar maiores danos. o pior (ou melhor) viria com o entrar da noite. em meio a tantos eu, tu, eles, nós, vós e eles, eu percebi que se tratavam de 24h atípicas, e por serem atípicas elas seriam horas e horas e horas... quanta coisa a ser dita e quanto silêncio velado. mil coisas que resolvem acontecer num mesmo dado momento histórico (ou astrológico). cansei, eu sei que cansei mas não posso cansar. o tempo parece ser favorável, ao memso tempo que é um imenso pesar, largar, deixar ser, deixar de ser... atitudes um tanto paradoxais que não me deixam raciocinar sem ao menos sentir uma dor miúda.

entrar num outro foco ajuda, faz você esquecer que o foco real foi deixado pra trás, que as coisas que agora te importam, não serão as mesmas dos próximos 5 dias. fluidez de rio, imensidão de mar. não, não quero me afogar... quero aprender a nadar como alguém que pela primeira vez é lançado na água escura (ou vazia). doce e salgada. primeira experiência marcante com algo que já me deixou tantas marcas. eu quero o novo. quero um outro novo que não aquele, que se diz muito parecido com o que hoje voga, com o que hoje me faz escrever palavras tão confusas até pra mim que as escrevo.

penso no vento do litoral em que em breve eu vou pisar. sinto ele e cada parte dele passando pelo meu rosto apático de tanto existir (ou fingir). sonho com as cores vivas das pessoas rodando sem parar porque rodar faz a vida parecer um pouco menos maluca. e um tanto menos doída. eu quero a alegria e o beijo doce da alegria de estar feliz sem saber o porquê. chega... eu não quero mais. isso chega e já não vai mais. pra bem longe de mim com toda essa sensação de existir(ou fluir).

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